Antirretrovirais 1996

Foto de uma bandeja cheia de potes pequenos e transparentes contendo medicamentos de tamanhos e cores variados.

No início da década de 1980, uma doença desconhecida e letal foi detectada nos Estados Unidos. Novos casos de contaminação espalharam-se pelo mundo na mesma velocidade que o pânico gerado por essa grave epidemia. Descobriu-se que ela era causada por um vírus; ele ataca seletivamente as células do sistema imunológico de seu hospedeiro, que, em pouco tempo, sucumbe a uma variedade de infecções e ao próprio vírus. Por isso, a moléstia recebeu o nome de “síndrome da imunodeficiência adquirida” (aids). Em 1987, foi lançado o primeiro fármaco para combatê-la, o AZT, que bloqueia uma enzima essencial para a reprodução do vírus, a transcriptase reversa. Mas sua eficácia é limitada. A grande revolução nesse tipo de tratamento surgiu em 1996: um tríplice esquema de antirretrovirais, combinando o AZT com drogas inibidoras de protease, outra enzima do vírus, indispensável para seu ciclo de vida. É o chamado coquetel antiaids, que reduz drasticamente o número de vírus no organismo. Desde então, ele vem se tornando mais sofisticado. Ainda não é a cura, mas o coquetel evita a manifestação da síndrome, propiciando aos soropositivos mais qualidade e expectativa de vida.

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