Convenção Internacional do Ópio 1912

Digitalização da capa do Tratado de Haia, onde se lê "N. 222. Allemagne, États-unis d'Amérique, Chine, France, Royaume-uni de Grande-Bretagne et D'Irlande, etc. Convention internationale de l'opium, signée à La Haye le 23 janvier 1912, et pièces ultérieures s'y rapportant. Germany, United States of America, China, France, United Kingdom of Great Britain and Ireland, etc. The International Opium Convention, signed at The Hague, January 23, 1912, and subsequent relative papers".
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Foi apenas no final do século 19 que a comunidade científica atentou para o fato de que algumas substâncias terapêuticas, como ópio e morfina, geravam alto grau de dependência e vários efeitos nocivos à saúde. Como essas substâncias (ou compostos que as continham) estavam disponíveis à maior parte da população, seja nas prateleiras das farmácias, seja por outros meios, as autoridades cada vez mais passaram a entender essa situação como uma questão de saúde pública. Em virtude de o problema ser comum a várias nações, e como o comércio dessas substâncias era internacional, em 1912 vários países assinaram o Tratado da Haia, documento que formaliza uma tentativa de controle sobre a produção e a comercialização de morfina, heroína e cocaína. O acordo não foi totalmente bem-sucedido, mas é um marco na história da regulamentação das substâncias químicas. Nas décadas seguintes, vários acordos internacionais seriam firmados, até que, ao fim do século 20, praticamente todos os países tinham leis que proibiam substâncias psicotrópicas.

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