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Malveína, o corante que impulsiona a indústria farmacêutica
1856

Digitalização de arte com montagem de três fotos de frascos de malveína e o texto em inglês "Mauveine. Discovered in 1856 by 19 year old William Henry Perkin. Produced from dissolved Aniline, the first synthetic organic dye."

Durante as férias escolares, um jovem estudante de química resolveu fazer experimentos em seu laboratório improvisado a fim de conseguir sintetizar a quinina. Esta é uma substância extraída da cinchona, uma árvore andina, e tem propriedades antimaláricas. A síntese seria feita a partir de carvão mineral, e sua importância se devia ao fato de que a cinchona se tornara escassa, o que inviabilizaria as empreitadas colonizadoras sobre a Índia, África e Sudeste Asiático, regiões infestadas pela malária. O jovem não foi bem-sucedido em suas tentativas. Por outro lado, seus experimentos resultaram em uma substância de uma cor vividamente púrpura, que aderia aos tecidos e não desbotava. Nascia a malveína, que logo se tornou um furor no mundo da moda, estampando vestidos da rainha Vitória e de celebridades francesas. Para a química, sua importância foi ainda maior: deu origem às anilinas e fomentou o desenvolvimento da indústria química orgânica, que, a partir do capital e conhecimento adquiridos com a produção de corantes, pôde em pouco tempo se dedicar à produção de analgésicos, antibióticos e vários outros medicamentos.

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