Veneza, durante o século 13, era o principal centro de comércio de especiarias orientais e de drogas mediterrâneas e árabes. Assim, foi lá que pioneiramente se desenvolveu um modelo de produção em larga escala de remédios, muitos deles voltados à exportação. Um dos mais famosos era o trocisco (pastilha) de víbora, ingrediente legalmente exigido por vários estados para a fabricação local de teriaga. Aliás, a própria teriaga veneziana tinha alta reputação no mercado. Os venezianos também se dedicavam à fabricação de itens como sabonetes e talcos, além de produtos químicos como o cloreto de mercúrio, acetato de chumbo e terebintina (um solvente resultante da destilação de resina de coníferas, usado para diluir a tinta de pintura a óleo). A indústria italiana também se estendia aos mosteiros: o de Santa Maria Novella, em Florença, fabricava e vendia notórios cosméticos.