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Uma pílula revolucionária para as mulheres
1960

Foto em preto e branco da linha de produção de pílulas anticoncepcionais na Inglaterra, em 1955. Há muitas mulheres concentradas, de cabeças levemente baixas, vestindo o mesmo tipo de casaco de cor clara, ao redor de uma mesa longa, repleta de caixas.

Chega ao mercado norte-americano, pela primeira vez, a pílula anticoncepcional. Na verdade, desde 1919 já se buscava nos hormônios a resposta para um medicamento contraceptivo, mas o encontro da enfermeira e feminista Margaret Sanger com o biólogo e fisiologista Gregory Pincus, em 1951, deu o empurrão que faltava aos estudos – além, é claro, do apoio financeiro de Katharine McCormick, que disponibilizou 2 milhões de dólares à pesquisa. O resultado do trabalho de Pincus e de seus colaboradores Min-Chueh Chang e John Rock (e das pesquisas prévias de Carl Djerassi) vem em forma de comprimido e batizado de Enovid. Comparado com as pílulas disponíveis atualmente no mercado, essa versão pioneira contém uma quantidade de hormônio cem vezes maior e provoca náuseas, dores no corpo e inchaço. Ainda assim, traz uma enorme mudança de comportamento na sociedade, nos hábitos das famílias e na emancipação feminina. No Brasil, a novidade chega em 1962.

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