Morfina

Foto em close de flores e frutos da planta papoula
Foto em close do fruto da planta papoula. Ele está com um corte superficial e sai uma gota branca dele.
Foto de um frasco de vidro com morfina deitado sobre uma superfície verde
Representação da molécula de morfina

Nome da molécula: morfina

Classificação química: alcaloide

Onde a molécula é encontrada: no ópio, o látex dessecado obtido dos frutos imaturos da papoula (Papaver somniferum).

Origem: região do Mediterrâneo (Grécia, Turquia) e Bulgária, mas hoje é cultivada sobretudo no sul da Ásia.

Aplicação terapêutica: analgésico narcótico e hipnótico para dores severas.

Breve histórico do uso da molécula: a papoula e seus derivados são usados para fins terapêuticos desde a Antiguidade por diversos povos, como os fenícios, babilônios, egípcios e gregos, principalmente para aliviar dores intensas e como anestésico cirúrgico. O ópio é o extrato feito com os frutos (cápsulas) da planta – opion, do grego, significa “suco de papoula” – e seu principal componente é a morfina. O nome do alcaloide refere-se a Morpheus, deus grego do sono. Por séculos, o ópio foi consumido como uma amarga infusão ou na forma de uma pílula esmagada. Acredita-se que o uso recreativo da substância, em forma de fumo, tenha se consolidado na China, a partir do século 17. A morfina foi isolada do ópio no início do século 19, inaugurando a era farmacológica dos alcaloides, mas sua estrutura química só foi determinada em 1925. Em meados do século 19, vários analgésicos de morfina eram vendidos em farmácias, inclusive com indicação para ser usado por crianças, embora alguns xaropes contivessem até 10% de morfina. Ao fim do mesmo século, um laboratório alemão, na tentativa de conceber um derivado da morfina que não viciasse tanto, acabou criando a heroína, retirada do mercado alguns anos depois. Até meados do século 20, o láudano, uma solução de ópio em álcool indicada sobretudo a mulheres, também era remédio encontrado em farmácias de vários países. Atualmente, a morfina é um potente analgésico, cujo uso é controlado pelas autoridades e indicado para casos de dor extrema.

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