Quinina

Ilustração botânica da planta quina
Foto de quatro cascas do tronco da planta quina sobre uma superfície branca
Gravura em preto e branco de uma criança entregando ramos de uma planta para duas pessoas. A primeira usa um capacete, segura uma corda com a cabeça de um animal pendurada e uma lança e a segunda usa uma túnica. Acima deles, há um anjo voando e segurando uma faixa
Representação da molécula de quinina

Nome da molécula: quinina

Classificação química: alcaloide

Onde a molécula é encontrada: casca de quina ou cinchona, pertencente ao gênero Cinchona da família Rubiaceae, que abrange cerca de 40 espécies; as principais são Cinchona ledgeriana, <Cinchona officinalis, Cinchona calisaya e Cinchona pubescens.

Origem: encostas orientais dos Andes (Colômbia a Bolívia).

Aplicação terapêutica: antimalárico, antitérmico, analgésico.

Breve histórico do uso da molécula: um dos primeiros registros do emprego do quinina como antimalárico data dos anos 1630. Acometida por malária, a esposa do conde de Chinchón, vice-rei do Peru, não reagiu aos remédios europeus tradicionais. Foi-lhe então prescrito o mesmo tratamento que a população nativa utilizava para febre: casca de kina (que em espanhol se tornou “quina”). A medida garantiu a vida da condessa e a planta foi então batizada como “cinchona”. Os jesuítas espalharam a notícia pela Europa, onde vendiam o famoso “pó dos jesuítas” pelos dois séculos seguintes, mas o quinina seria isolado apenas em 1820. Depois de muitas pesquisas, a síntese perfeita e acabada do quinino só foi obtida em 2001, mas nos anos 1930 já se produziam medicamentos derivados sintéticos da quinoleína (mais tarde conhecidos como cloroquina) e nos anos 1950 começaram a ser produzidas cápsulas de sulfato de quinina. Esse alcaloide é, ainda hoje, usado na bebida água tônica, conferindo-lhe um suave sabor amargo e uma fluorescência quando a bebida é vista sob luz ultravioleta (luz negra).

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