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Ester de Camargo Fonseca Moraes

Em 2011, foi criada a Medalha Prof.ª. Esther de Camargo Fonseca Moraes pela Sociedade Brasileira de Toxicologia, para homenagear os profissionais de destaque na área. E não tem como falar do desenvolvimento da Toxicologia Brasileira sem falar da Dra. Ester de Camargo Fonseca, pioneira nos estudos de doping, que dedicou sua vida em prol do desenvolvimento da toxicologia brasileira.

Nascida em 8 de dezembro de 1920 em Paraibuna, São Paulo, formou-se em Farmácia pela Universidade de São Paulo (USP) em 1942, demonstrando desde cedo interesse pela toxicologia, o que foi notado pelo Dr. Linneu Prestes, professor catedrático de química toxicológica e bromatológica da USP, que a apresentou ao Serviço de Química do Jockey Club de São Paulo, onde ingressou como química assistente em 1944. Sendo assim, em 1958, já como Diretora Geral do Serviço de Controle e Pesquisas Antidopagem do Jockey Club, ela criou o Laboratório de Controle de Doping, que foi o primeiro Centro de Pesquisas Toxicológicas do Brasil e auxiliou na capacitação de diversos profissionais da América Latina.

Em 1951, tornou-se professora de Química Toxicológica na USP e foi responsável, em 1966, pela concepção da disciplina autônoma de Toxicologia, amplamente disseminada pelas universidades brasileiras desde então. A partir de 1969, optou por dedicar-se integralmente ao ensino da toxicologia e à sua consolidação nas universidades brasileiras, levando-a a renunciar a seu cargo no Jockey Club. Em 1971, criou na USP o Laboratório de Análises Toxicológicas, que rapidamente tornou-se um importante centro de treinamento e prestador de serviços, como pioneiro na análise de urina para controle de doping em atletas. Além deste pioneirismo ao longo do caminho trilhado pela expansão da Toxicologia Brasileira, a Profa. Ester de Camargo Fonseca Moraes também deixou como legado o Manual de Toxicologia Analítica, primeiro livro da área no Brasil.

CHASIN, Alice A. da Matta et al. Obituário da Profa. Ester de Camargo Fonseca Moraes. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas. São Paulo: Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo. v. 39, n. 2, p. III-IV, 2003. Disponível em https://www.scielo.br/j/rbcf/a/ZpV9TmG64zzx8BHnZCdjS9q/?lang=pt# Acesso em: 27 jul. 2023.

Referências do card

CHASIN, Alice A. da Matta et al. Obituário da Profa. Ester de Camargo Fonseca Moraes. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas. São Paulo: Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo. v. 39, n. 2, p. III-IV, 2003. Disponível em https://www.scielo.br/j/rbcf/a/ZpV9TmG64zzx8BHnZCdjS9q/?lang=pt# Acesso em: 27 jul. 2023.

CHASIN, Alice A. da Matta et al. Obituário. Revista Brasileira de Toxicologia, v.15,n.2, dezembro de 2002. ISSN 1415- 2983.

MELO, L., MELO, T. S… Pioneer women in the development of toxicology in Brazil. Braz. J. Med. Biol. Res. v.54, n. 5 ,2021. DOI https://doi.org/10.1590/1414-431X202011177. Disponível em https://www.scielo.br/j/bjmbr/a/nb8W9n7kL48L7mLqNyx3SPJ/?lang=en . Acesso em: 27 jul. 2023.

MORAES, Ester C.F. Memorial da Dra. Profa. Ester de Camargo Fonseca Moraes. Faculdade de Ciências Farmacêuticas, USP, 1971.

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