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Antidepressivos
1950

Digitalização de duas páginas publicitárias com anúncios da substância Thorazine. A primeira, à esquerda, tem uma ilustração em preto e branco de um punho segurando uma maleta e o texto, em inglês, "For immediate effect! In acute alcoholism Thorazine Ampuls - always carry Thorazine Ampuls in your bag". A segunda, à direita, tem a imagem de uma poltrona virada de costas com um homem sentado. Na mão direita, ele segura um copo, e na esquerda, ele segura uma garrafa sobre a mesa de canto. Atrás da poltrona, há um abajur derrubado no chão. No topo da imagem, o texto, em inglês, "Prompt control of acute alcoholism - Thorazine Injection, Ampuls and Multiple dose vials". Digitalização da página de uma revista, em preto e branco, com um anúncio de Thorazine onde lê-se, em destaque, e em inglês, "in the child with a behaviour disorder, Thorazine reduces hyperactivity and agressiveness, decreases anxiety and hostility, improves mood, behavior and sleeping habits, establishes accessibility to guidance or psychotherapy, increases amenability to supervision". No topo, há a foto de uma criança se jogando no chão. Há as mãos de um adulto segurando a criança.

Desde a Grécia clássica era sabido que emoções e distúrbios relacionados a elas provinham do cérebro. Mas foi somente a partir de descobertas feitas no século XX que a produção de fármacos psicoativos mais sofisticados passou a ser possível. Basicamente, eles se baseiam na constatação de que a comunicação neuronal ocorre por meio de um impulso elétrico emitido por um neurônio, que ativa “mensageiros químicos”. Estes agem sobre as proteínas receptoras do neurônio seguinte da cadeia, causando excitação ou inibição. Uma das causas da depressão é que alguns desses mensageiros químicos, como a serotonina e a noradrenalina (relacionadas, por exemplo, com o humor), são bombeadas de volta ao neurônio que as ativou. Os primeiros antidepressivos, a imipramina e a amitriptilina, inibem justamente esse mecanismo, prolongando a ação da serotonina e noradrenalina. Eles foram bastante usados a partir do final da década de 50, até surgir uma nova geração de antidepressivos, nos anos 80.

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