Foi apenas no final do século 19 que a comunidade científica atentou para o fato de que algumas substâncias terapêuticas, como ópio e morfina, geravam alto grau de dependência e vários efeitos nocivos à saúde. Como essas substâncias (ou compostos que as continham) estavam disponíveis à maior parte da população, seja nas prateleiras das farmácias, seja por outros meios, as autoridades cada vez mais passaram a entender essa situação como uma questão de saúde pública. Em virtude de o problema ser comum a várias nações, e como o comércio dessas substâncias era internacional, em 1912 vários países assinaram o Tratado da Haia, documento que formaliza uma tentativa de controle sobre a produção e a comercialização de morfina, heroína e cocaína. O acordo não foi totalmente bem-sucedido, mas é um marco na história da regulamentação das substâncias químicas. Nas décadas seguintes, vários acordos internacionais seriam firmados, até que, ao fim do século 20, praticamente todos os países tinham leis que proibiam substâncias psicotrópicas.
Localizada na cidade alemã de Halle e vinculada a um orfanato, tinha por objetivo gerar receitas para a manutenção da […]
Aos poucos, o desenvolvimento sem freios dos laboratórios farmacêuticos resulta em uma mudança definitiva no perfil das farmácias brasileiras, cada […]