Doutor Milagre 1775

Pintura em preto e branco do médico suíço Michel Schüppach, feita por Gottfried Locher e Christian von Mechel em 1774, um homem com cabelos na altura das orelhas, chapéu na cabeça e camisa de botões.
Gravura feita por C. Mechel em 1775 do médico suíço Michel Schüppach mostrando um frasco para um homem sentado do outro lado da mesa. Há uma caveira em pé segurando no ombro do paciente.

No fim do século 18, diversos artistas criaram obras que faziam críticas bem-humoradas aos farmacêuticos. Uma delas satirizava a “Farmácia Rústica”, em Berna (Suíça), do médico Michel Schüppach, cuja fama de “Doutor Milagre” atraía ao seu estabelecimento a alta sociedade europeia. Charlatão ou não, o fato é que o espírito do século 18, caracterizado por ser a “época das luzes”, criava o ambiente propício para que as explicações farmacêuticas pouco racionais fossem olhadas com ceticismo. Em outra charge famosa, um fazendeiro explica a um ajudante de farmacêutico que o dono da farmácia lhe paga dois francos para que descarregue, toda segunda-feira, uma carroça de estrume no porão do estabelecimento. Ao que o ajudante responde: “Interessante. É às segundas-feiras que meu chefe engarrafa a água de Vichy”.

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