Durante o século 18, diversos fatores abalaram a boa reputação dos boticários. Um dos exemplos é a obra O doente imaginário (do célebre escritor Molière), na qual a aplicação de enemas é ridicularizada. Além disso, diversas charges retratavam a aplicação de seringas gigantes pelos boticários, como as do ilustre caricaturista político Honoré Daumier. Contribuía para manchar a imagem dos boticários os altos preços praticados. Assim, dado que a palavra “boticário” já não inspirava confiança na opinião pública, os profissionais preferiam ser chamados de “farmacêutico”, palavra já empregada no século 16, mas ainda pouco usual. O termo viria a se tornar oficial em 1777, quando da criação do Collège de Pharmacie, importante corporação francesa.
Nas cidades italianas, berço da Farmácia europeia, desenvolveu-se a tradição de armazenagem das drogas em belos jarros adornados. Eles eram […]
O médico e farmacêutico João Daudt Filho registra a pomada Boro Borácica, primeiro medicamento produzido em escala industrial no país. […]