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Noz-moscada contra a peste negra
1350

Pintura “O triunfo da morte”, de Peter Breugel, datada de 1562, com um exército de caveiras atacando a cidade, homens e mulheres se defendendo e muitos corpos ao chão. Ilustração em preto e branco de A. Corrodi, de 1860, com adultos e crianças chorando sob corpos estirados no chão. Há o texto: “Die Pest in Winterthur im März 1328

Uma das mais devastadoras pandemias da história, a peste negra dizimou milhões de pessoas (cerca de um terço da população europeia). Na época, na tentativa de evitar a contaminação, havia o costume de se usar um saquinho de noz-moscada ao redor do pescoço. Não se sabe ao certo se era apenas uma superstição, mas o fato é que a noz-moscada contém uma molécula, responsável por seu aroma peculiar, que funciona como repelente. Então, não é improvável que esse saquinho tenha servido para afastar pulgas, que transmitem as bactérias da peste. A noz-moscada também era considerada afrodisíaca e sonífera e, no Oriente, usada para reumatismo, dores de estômago, disenteria e cólica. Não seria exagero afirmar que a busca por noz-moscada e outras especiarias mudou a história. Do contrário, portugueses e espanhóis não teriam se lançado ao mar, em busca de novas rotas comerciais. Até mesmo Nova York não existiria como é hoje: inicialmente colônia dos holandeses, estes a cederam aos ingleses em troca de uma ilha rica em noz-moscada no sudeste asiático.

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