No fim da Idade Média, o conhecimento médico e farmacêutico era transmitido por meio de obras que, séculos antes, haviam sido traduzidas para o árabe e que, agora, eram convertidas para o latim. Disseminaram-se por todo o continente, assim como os acadêmicos que haviam se formado nos principais centros de estudos em ciências da saúde, como Salerno. É nesse cenário que surgem as universidades, principalmente porque professores e alunos almejavam uma estrutura própria, distinta dos moldes clericais originais. As primeiras foram a de Bolonha, Parma e Paris, e os primeiros cursos ligados a Farmácia eram sobre matéria médica, isto é, as substâncias usadas na Medicina. A autonomia definitiva da Farmácia em solo europeu seria desenvolvida ao longo dos séculos seguintes e foi inspirada na herança cultural dos árabes, que já apontavam para uma clara separação entre as disciplinas farmacêutica e médica. Durante o Renascimento, quando a influência religiosa já era menor, as universidades se tornaram ambientes ainda mais propícios ao desenvolvimento da Farmácia.