Nome da molécula: capsaicina
Classificação química: alcaloide
Onde a molécula é encontrada: pimentas do gênero Capsicum, mais conhecidas como pimentas vermelhas.
Origem: América tropical.
Aplicação terapêutica: analgésico de uso tópico (cremes, soluções e adesivos) para amenizar dores musculares e articulares, ingrediente de suplementos alimentares, tratamento de dor neuropática (causada por danos nos nervos) associada a quadros de herpes-zóster.
Breve histórico do uso da molécula: há milhares de anos a pimenta faz parte da gastronomia de povos da América, onde extratos do fruto também eram usados como analgésicos populares. Exploradores portugueses e espanhóis levaram o fruto americano para diversas partes do mundo, difundindo assim seu uso, especialmente em colônias da Ásia. O primeiro registro de efeitos terapêuticos da pimenta data de 1494 e foi feito por Diego Álvarez Chanca, médico oficial da segunda expedição de Cristóvão Colombo à América. A molécula de capsaicina foi isolada em 1846, e sua estrutura química só pôde ser totalmente determinada em 1919. Em 1870, descobriu-se que a sensação de queimadura e ardência gerada pelas pimentas está associada justamente à capsaicina. Sua síntese completa foi conseguida em 1930, mas apenas na década de 1960 começou-se a elucidar o mecanismo de ação da capsaicina. Após gerar a ardência, ela bloqueia os sinais de dor que são transmitidos à pele. Por isso, passou a ser usada pela indústria farmacêutica como analgésico de uso tópico, a partir da década de 1990. No final dos anos 2000, um adesivo com alta concentração de capsaicina, indicado para tratamento de dores neurológicas causadas por herpes-zóster, foi colocado no mercado.
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