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Diosgenina

Foto em close de inhame na terra Foto em close de inhame selvagem dentro de um vaso Representação da molécula de diosgenina

Nome da molécula: diosgenina

Classificação química: esterol

Onde a molécula é encontrada: tubérculos do gênero Dioscorea, chamados popularmente no Brasil de inhame (exemplos de espécie que contêm diosgenina são Dioscorea macrostachya, Dioscorea mexicana, Dioscorea compósita e Dioscorea foribunda).

Origem: México.

Aplicação terapêutica: utilizada pela indústria farmacêutica na produção sintética de hormônios como a progesterona e a cortisona.

Breve histórico do uso da molécula: pode-se dizer que a descoberta da diosgenina teve importância crucial para o desenvolvimento da pílula anticoncepcional. No fim dos anos 1920, começaram a ser isolados, pela primeira vez, os hormônios sexuais. Um deles é a progesterona, considerado o “hormônio da gravidez”, pois envia sinais à mucosa que reveste o útero para que ela esteja pronta a receber um óvulo fertilizado, além de coibir novas ovulações. Mas o possível uso desse hormônio tinha dois problemas: sua escassez em fontes animais e sua eficácia reduzida quando ingerido, provavelmente porque ele é alterado durante a digestão. A solução seria a síntese de uma progesterona artificial que pudesse ser feita em larga escala e que não se alterasse no organismo. No começo dos anos 1940, um pesquisador identificou que, a partir de espécies de inhame mexicanos, seria possível conseguir tal intento, pois em tais vegetais está presente a molécula batizada de diosgestina, a partir da qual se concebeu a progesterona sintética. Nessa época, a progesterona era usada no tratamento de mulheres com histórico de abortos, mas tinha que ser injetada em doses bastante altas. Por isso, outro pesquisador acabou criando, em 1951, uma molécula oito vezes mais potente que a progesterona e que podia ser tomada oralmente: a noretindrona, que mais tarde se tornaria a base da pílula anticoncepcional. Além disso, esse mesmo pesquisador conseguiu converter a progesterona sintética em cortisona (usada inicialmente no tratamento de artrite reumatoide e que ensejou o desenvolvimento de uma série de fármacos anti-inflamatórios), cuja produção se tornou, assim, viável.

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