Pilocarpina

Ilustração botânica da planta de jaborandi
Montagem com quatro fotos das folhas da planta de jaborandi
Representação da molécula de pilocarpina

Nome da molécula: pilocarpina

Classificação química: alcaloide

Onde a molécula é encontrada: folhas de jaborandi (Pilocarpus microphyllus, que é a principal espécie da qual se extrai a policarpina, mas há ao menos outras cinco que contêm policarpina, como Pilocarpus jaborandi e Pilocarpus pennatifolius).

Origem: Brasil (principalmente Maranhão, Mato Grosso, Pará e Piauí).

Aplicação terapêutica: tratamento de glaucoma, tratamento de xerostomia (falta de saliva, geralmente causada por radioterapia realizada para combater certos tipos de câncer).

Breve histórico do uso da molécula: o jaborandi é usado há séculos pelos índios tupi-guarani para induzir a produção de suor e saliva. A palavra vem de ya-mbor-endi, que no idioma indígena significa “aquilo que causa salivação”. As propriedades farmacológicas da planta começaram a ser estudas em 1873, e no ano seguinte o médico brasileiro Sinfrônio Coutinho introduziu na prática clínica o uso do extrato feito com suas folhas, a fim de induzir a produção de saliva e suor. Ao final do século 19, a pilocarpina já era usada para tratar glaucoma, mas apenas nos anos 1950 foi colocado no mercado um colírio para tratamento da doença. Na década de 1990, o alcaloide foi introduzido no tratamento de xerostomia (secura dos olhos e boca) causada por certos tipos de radioterapia e pela síndrome de Sjögren (um tipo de doença autoimune).

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