Nome da molécula: quinidina
Classificação química: alcaloide
Onde a molécula é encontrada: casca de quina ou cinchona, pertencente ao gênero Cinchona, que abrange cerca de 40 espécies; as principais são Cinchona ledgeriana, Cinchona officinalis, Cinchona calisaya e Cinchona pubescens.
Origem: encostas orientais dos Andes (Colômbia a Bolívia).
Aplicação terapêutica: tratamento de arritmias cardíacas e malária causada pelo Plasmodium falciparum (na forma de gluconato, derivado da molécula).
Breve histórico do uso da molécula: a exemplo do quinina, a quinidina é um alcaloide presente na casca de cinchona. As duas moléculas têm a mesma estrutura, mas diferem na maneira como os átomos estão espacialmente arranjados. Já no século 18, o médico do rei Luís XV percebeu que palpitações longas e repentinas cessavam com o uso do febrífugo feito com a casca da planta. No século 19, a quinidina foi descrita como o “ópio do coração”. Em 1912, um médico alemão começou a tratar arritmia cardíaca com o quinino, alcaloide parecido com a quinidina. Mas nem sempre obtinha sucesso. A razão para isso só foi descoberta quatro anos depois: entre os alcaloides presentes na cinchona, a quinidina (e não o quinina) é o mais efetivo para tais distúrbios do coração. O remédio foi introduzido no mercado em 1938, como comprimidos de sulfato de quinidina de 200 mg. A quinidina também é usada para tratamento intravenoso da malária, especialmente em pacientes incapazes de tomar a medicação oral. Em 2010, foi lançado um fármaco à base de quinidina para tratamento de transtorno da expressão emocional involuntária, caracterizado por episódios de riso ou choro incontroláveis.
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