Reserpina

Ilustração botânica da planta rauvólfia
Foto em close de flores da planta rauvólfia
Representação da molécula de reserpina

Nome da molécula: reserpina

Classificação química: alcaloide

Onde a molécula é encontrada: raiz de rauvólfia (Rauvolfia serpentina), conhecida em inglês como “raiz de cobra indiana”. A alusão a serpentes foi feita pelos hindus, pois a sinuosidade de sua raiz lembra o formato do réptil.

Origem: região entre Paquistão, Índia e Indonésia. Atualmente a espécie mais utilizada é a Rauvolfia vomitoria, encontrada originalmente na África tropical.

Aplicação terapêutica: tratamento de hipertensão, ansiedade e insônia.

Breve histórico do uso da molécula: a “raiz de cobra indiana” faz parte da medicina tradicional da Índia, onde há séculos é usada para tratamento de picada de cobra, dores de cabeça, ansiedade e quadros psicóticos. Gandhi a usava como tranquilizante. A reserpina foi isolada em 1952, e dois anos depois comprimidos à base desse alcaloide foram colocados no mercado, indicados para hipertensão e esquizofrenia. Representou importante avanço no tratamento dessa patologia psiquiátrica, inaugurando a era dos fármacos psicoativos (ao lado da clorpromazina). Hoje, a reserpina foi superada por novas gerações de drogas, sendo empregada apenas em alguns países. Contra ela pesa a suspeita de que causa depressão, o que nunca foi totalmente comprovado. Recentemente, o tratamento de esquizofrenia com esse alcaloide ganhou novo fôlego, mas em dosagens menores e em combinação com outras substâncias.

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