Teobromina
Nome da molécula: teobromina
Classificação química: alcaloide
Onde a molécula é encontrada: sementes de cacau (Theobroma cacao).
Origem: América tropical e região amazônica.
Aplicação terapêutica: diurético, vasodilatador periférico leve e estimulante suave do sistema nervoso central.
Breve histórico do uso da molécula: quando os espanhóis chegaram à América, a semente do cacau era usada pelos maias e astecas na receita de uma bebida amarga temperada com pimenta e baunilha: o chocolatl, que quer dizer “líquido quente”. Os nativos acreditavam que ela era afrodisíaca e combatia o cansaço. Os espanhóis perceberam os efeitos estimulantes da bebida e, ao longo dos séculos seguintes, seu consumo difundiu-se por toda a Europa. A palavra “teobromina” vem do grego e significa “alimento dos deuses”, pois era assim que os astecas se referiam à bebida. Mas esse alcaloide só foi identificado no final do século 19, quando se descobriu que sua estrutura molecular se assemelha com a da cafeína. A primeira indicação terapêutica desse alcaloide foi feita em 1916, para tratamento de edemas e anginas (dor no peito resultante da redução do fluxo sanguíneo no coração). Posteriormente se descobriu que ele aumenta a produção de urina e tem o poder de dilatar os vasos sanguíneos, passando a ser indicado para tratamento de pressão alta e problemas de circulação, como arteriosclerose e hipertensão. Mais recentemente, um vasodilatador periférico à base de um derivado da teobromina (pentafilina) foi colocado no mercado.