Tetra-Hidrocanabinol – THC

Nome da molécula: tetra-hidrocanabinol (THC)

Classificação química: terpenoide

Onde a molécula é encontrada: espécies do gênero Cannabis, em especial no cânhamo (Cannabis sativa), principalmente nos botões de flor da árvore fêmea. O cânhamo, arbusto que atinge cerca de três metros, é da mesma família do lúpulo.

Origem: Ásia Oriental (cânhamo).

Aplicação terapêutica: tratamentos de anorexia associada à perda de peso em pacientes com aids e de náuseas e vômitos provocados por quimioterapia em pacientes que não responderam à medicação convencional.

Breve histórico do uso da molécula: há milhares de anos, os chineses inicialmente utilizaram o cânhamo na fabricação de papel e, depois, na medicina. Da China, o cultivo do arbusto se propagou para a Índia, Oriente Médio e Norte da África. Uma das principais aplicações da planta tem sido a confecção de artefatos têxteis: a partir das resistentes fibras extraídas de seu caule são feitos, por exemplo, excelentes cordas e um tecido rústico. A palavra “canvas” (que em português quer dizer “lona”) vem justamente de cannabis. Suas propriedades inebriantes, sedativas e alucinógenas, hoje cientificamente associadas ao THC, também têm sido historicamente exploradas para fins terapêuticos (analgesia e anestesia, por exemplo) e recreativos. A molécula foi isolada em 1964, mas o modo de ação do THC no organismo ainda não foi totalmente determinado. A maconha é feita com flores e folhas secas e amassadas da cannabis. O haxixe, por sua vez, é preparado com uma resina expelida pela planta. A produção e venda de cânhamo são hoje proibidas em quase todo o mundo, mas em alguns lugares, como certos estados norte-americanos e países como a Espanha, o uso medicinal do THC tem sido permitido. Em 1994, começou a produção industrial de um fármaco comercialmente chamado Dronabinol, indicado para pacientes com aids que têm anorexia e para combater náusea e vômitos causados por tratamentos quimioterápicos contra o câncer.