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ALOÍNA

Ilustração botânica da planta babosa Foto de uma plantação de babosa Representação da molécula de aloína

Nome da molécula: aloína

Classificação química: glicosídeo antraquinônico

Onde a molécula é encontrada: folhas de babosa ou aloé, palavras que se referem a espécies do gênero Aloe, entre as quais a mais conhecida no Brasil é a Aloe vera (nome pelo qual a planta também é popularmente chamada).

Origem: Norte da África (Aloe vera).

Aplicação terapêutica: laxante (tratamento de prisão de ventre), uso tópico para desconfortos de pele.

Breve histórico do uso da molécula: o primeiro registro do uso terapêutico de aloe vera foi feito na Mesopotâmia por volta do ano 2.100 a.C. No Egito Antigo, Cleópatra teria usado derivados da planta nos cuidados com a pele e cabelos. O romano Dioscórides, considerado o fundador da Farmacognosia (ramo da Farmácia que estuda as substâncias medicinais em seu estado natural), relatou o gosto amargo e o cheiro forte de substratos da babosa e sua eficácia no tratamento de irritações de pele, de feridas e de furúnculos. A palavra aloe provavelmente vem de alloeh, que em árabe significa “substância amarga e brilhante”. A planta chegou ao mercado europeu no fim dos anos 1690 e, a partir de então, popularizou-se por seus efeitos purgativos. Farmacopeias de vários países a reconheceram como droga oficial no início do século 20. Hoje se sabe que a substância responsável pelos efeitos laxativos é a aloína. Ela está presente em um líquido de cor marrom-escura, expelido pela superfície das folhas da planta quando elas são cortadas. Das partes mais internas das folhas se extrai um gel, que não contém quantias significativas de aloína e é usado sobretudo na preparação de cosméticos. Atualmente, a aloína não é a primeira opção para tratamentos que demandem o uso de laxantes, pois ela gera efeitos colaterais como cólica e náusea. Nos Estados Unidos, seu uso em medicamentos de venda livre (que prescindem de prescrição médica) foi proibido. No Brasil, a Anvisa vetou o uso de aloe vera em alimentos e bebidas, mas a comercialização de laxantes fitoterápicos feitos com a planta ainda é permitida.

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